Redescobrindo a Cultura de Potengi

Os trabalhos da coordenação de cultura, enquanto não é aprovada a Secretaria vou chamá-la assim, têm despertado muitas curiosidades, temos caminhado por muitas estradas, pelas veredas do Potengi temos ouvido histórias de pessoas que fazem parte de uma história nunca contada no nosso município, e nessas andanças visitamos mais a região do único distrito de Potengi, denominado Barreiros, aquela região tem manifestações impressionantes, algumas por muito tempo estão estacionadas, mais é esse o propósito do nosso trabalho, conversar, incentivar, e ajudar a reorganizar essas várias atividades, ouvindo uma história, a gente sempre visita outra comunidade,como sempre começamos nossas visitas no Sassaré, na casa do Mestre Antonio Luiz, aí ele diz que viu quando criança um reisado brincando no Rosário, e fomos atrás dessa história, estavam lá os antigos brincantes do reisado de caretas de Potengi, os que antecederam o reisado do sassaré, visitamos primeiro seu Totonho Maçal, que ainda guarda as velhas mascaras de madeira de quando era brincante do reisado do sítio Rosário, com o Mestre Raimundo Maximiano (in memória), e aí ele nos disse que lá no Rosário tinham outros brincantes, a casa de Jacó tava fechada, mais fomos na casa de Aristeu, ambos filhos do Mestre Raimundo e ex-brincantes do reisado, ele nos contou muito sobre a história do grupo, as figuras, a grandeza da festa, e ainda fez um pedido que eu levasse lá o Mestre Antonio Luiz para conversar um pouco e trocar experiências. Alí mesmo no Rosário, visitei D. Francisca Felix, ela realiza Coroação e Lapinha, disse que estava parada a dois anos por falta de condições para comprar o material, mais já se comprometeu comigo de realizar tudo esse ano, ficamos combinados de ir ao mercado de Juazeiro comprar tudo que for preciso. Outro lugar interessante daquela região é o Sítio Carcará, uma comunidade negra que está se organizando, estão criando uma associação quilombola, que desde 2007 que estamos ajudando nessa atividade, lá no Carcará eles tinham uma grande festa denominada Toré, que ficou perdida no tempo por mais de trinta anos, mais já estão se organizando, fiquei sabendo que hoje realizarão o primeiro ensaio, e foi de lá que trouxemos ontem para nossas atividades aqui na cidade, o tocador de Pifano Mazim, que veio junto com outros membros da comunidade remanescente de Quilombola. E aos poucos estamos construindo um mapa da Cultura do potengi, ontem, dia de feira, fui na oficina de Mestre Françuí, ele disse: "O trabalho que vocês apresentaram de levar os meninos para o CEMAC é muito importante, pois eles dançando, cantando e fazendo teatro esquecem da bebida e da droga", palavras que nos deixam muitos satisfeitos, e nos dão cada vez mais coragem e vontade de trabalhar.