terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Teatro se Fortalece na Cidade de Potengi

Vivemos um novo momento na cultura potengiense, agora é a vez do Teatro, a Associação Cultural Xique-Xique, conversou com jovens interessados em atuarem como atores e atrizes, e surge a Companhia de Artes Cênicas Fulô da Catingueira, já ensaiando sua primeira peça, uma história toda construída no universo sertanejo, onde os atores entram em cena com uma prosa toda rimada, o cordel é de autoria de membros da companhia, o que já fortalece o trabalho autoral e afirma mais uma vez a criatividade do povo potengiense. Acreditando no potencial do grupo a Secretaria de Cultura do Município em parceria com o SESC-Crato disponibilizarão uma oficina que vem para contribuir com essa nova safra de artistas, que aparentemente farão o Potengi brilhar muito no cenário do Teatro.
Na oportunidade, as bem sucedidas parcerias com o Centro Cultural Banco do Nordeste - Cariri e o SESC-Crato abrilhantaram esses mês de aniversário da cidade, no dia 02 de Setembro recebemos o grupo Louco em Cena da cidade de Barbalha com a peça: Boi e Burro a Caminho de Belém, que foi apresentada na calçada da igreja matriz de São José, e no dia 14 recebemos o grupo Ninho de Teatro, com a peça: Avental todo sujo de ovo, que foi exibida na escola Menezes Pimentel. Com toda essa movimentação Cênica a cidade se ilumina e cria expectativas para um futuro turistíco e cultural, além de acreditar na nova leva de artistas que prometem muito.
Em conversa com o Dep. Federal Chico Lopes, o Sec. Municipal de Cultura, Jefferson (Bob), fala da necessidade de um teatro no município, o Deputado que tem contribuído muito para o desenvolvimento local solicita um projeto para empenho de emenda, o Prefeito Municipal, Samuel Carlos, também se propôs a empenhar força na aquisição desse novo espaço de entetenimento para a população potengiense.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Encontro da Cultura Popular no Sassaré


O domingo do dia 28 de agosto foi comemorado no Sítio Sassaré. Fechando o mês do Folclore, o Centro Cultural Banco do Nordeste em parceria com a Prefeitura Municipal e Associação Cultural Xique - Xique, realizaram um grande encontro de culturas populares, o Mestre Antonio Luiz recebeu em Terreiro o Mestre Cicinho do Reisado Manoel Messias de Juazeiro do Norte e Mestre Cirilo com o Maneiro Pau do Crato, foi um domingo de festa e conversas descontraídas, os brincantes passeavam pelos terreiros do Sítio Sassaré, e o público presente satisfeito com tanta diversidade cultural, o que amplia os horizontes para que o movimento cultural potse ainda ganhe cada vez mais espaço.
Na oportunidade do evento, estiveram presentes o Prefeito Municipal Dr. Samuel, o Dep. Federal Chico Lopes, o Juiz da Comarca de Potengi Dr. Welliton, a Vereadora Ivete, Dr. Normando e a comunidade do Sassaré, o Juiz que se coloca a disposição da Cultura, solicitou ao Secretário Municipal uma conversa para o desenvolvimento de projetos voltados para a Cultura e Esporte, Chico Lopes enfatiza a importancia desses grupos de tradição e solicita visita do Secretário à Brasilia, com projetos também voltados para essa área, e o Prefeito Samuel, grande apoiador da Cultura, sendo o criador da Secretaria Municipal em sua gestão, agradece a presença dos visitantes e parabeniza o Banco do Nordeste pela parceria de fundamental importancia, em nome do Gerente do Centro Cultural Lenin Falcão.
O movimento que começou por volta das 10:30h inicou com apresentação do Reisado juazeirese Manoel Messias, em seguida o Mestre Cirilo e seus brincantes de Maneiro Pau que fazem emboladas com assuntos cotidianos e regionais, a brincadeira foi fechada com o Reisado de Caretas do Sítio Sassaré, o grupo de casa com sua folia e corre corre arrancou gargalahdas do público presente, e foi nesse movimento descontraído que recebemos um Encontro de Culturas Populares.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Documentário contará história da música em Potengi

A cidade de Potengi tem sua Cultura característica, marcante e traços únicos, do Reisado às danças Quilombolas, da renda de bilro à delicada arte em flandres, e o marcante tirinete dos ferreiros que corta as madrugadas potengienses.
Hoje a cidade mais uma vez vira cenário de documentário, na oportunidade, será retratada a música, os movimentos que costuraram a trilha sonora da história da cidade, alguns extintos como movimento, outros nascendo com suas caracterísitcas modernas, e todos, com uma particularidade de serem feitos por potengienses, nascidos aqui, ou amantes desse lugar, que aqui vivem.
A música de Potengi, que nos anos 70 teve forte expressão e presença em toda região, passando pelos boêmios, os forrós e sambas de sanfona, chegando aos tempos de guitarras e sons eletrônicos, se mantiveram por décadas, e serão contadas e relatadas pelos protagonistas desses movimentos.
Um trabalho de Rosemberg Sousa e Jefferson (Bob), que pretendem finalizá-lo e exibi-lo em local público nas comemorações da semana do município, e transformar esse trabalho em fonte de inspiração e pesquisa, para estudantes, músicos, admiradores e contenporâneos de cada movimento.
Entre as histórias relatadas no documentário, destacam-se Chico Eliazar, Cicero Galdino, ambos (in memória), que foram violonistas de serenatas, e o Sanfoneiro Chico Triunfo, hoje residente em São Paulo e já distante dos acordes.
O trabalho que já teve boa parte de suas imagens coletadas começará a ser editado em breve, e será o primeiro de uma série de documentários que a equipe pretende produzir, os trabalhos realizados têm no pano de fundo a Associação Cultural Xique-Xique, ONG que entra no cenário de entidades da cidade e tem um propósito sócio-cultural, formada por músicos, produtores, brincantes e agitadores culturais, a Ong completará dois anos de registro, porém, antes do registro tem vários trabalhos relaizados por seus membros em outros momentos.
Essa é a oportunidade de muitos conhecerem e descobrirem um universo oculto existente entre as manifestações culturais da cidade de Potengi, e com certeza, vale a pena conferir o trabalho, que tem exibição prevista para as comemorações do aniversário da cidade.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Documentário sobre Reisado do Sassaré começa a ser gravado





O quinto documentário do Projeto “No Terreiro dos Brincantes” registrará o reisado de caretas de Potengi, mais conhecido como o Reisado do Sassaré, liderado pelo Mestre Antônio Luiz. O Reisado de Caretas ou de Couro é um dos poucos da região do Cariri.

Os brincantes do Reisado usam máscaras confeccionados em madeira e couro para dançar ao ritmo da música que é marcada por pisadas fortes. De acordo com o Mestre Antônio, o acervo de máscaras vem desde a criação do grupo quando ele ainda tinha 18 anos, atualmente o mestre tem 54 anos.

As primeiras gravações aconteceram no ultimo sábado, dia 12, na casa do Mestre numa descontraída e produtiva conversa. As próximas gravações terão continuidade no dia 19 deste mês, aonde serão feitos os registros das danças e entremeios.

O projeto “No Terreiro dos Brincantes” é uma iniciativa da Universidade Regional do Cariri – URCA, através da Pró-Reitoria de Extensão – PROEX, Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho – IEC e tem a parceria do Coletivo Camaradas. Para a produção desse documentário a Prefeitura de Potengi também entrou na parceria. O projeto tem como objetivo produzir pequenos documentários sobre as manifestações da cultura popular mostrando além dos aspectos artísticos e estéticos, o contexto social aonde acontecem às brincadeiras. O material é um importante recurso pedagógico para ser usado em sala de aula e uma importante fonte de pesquisa para pesquisadores da área.

Documentários já produzidos:
Mulheres do Coco
Mestra Zulene Galdino
Reisado Dedé de Luna
Mestre Círilo

Serviço
Para adquirir os documentários solicite por escrito cópias na PROEX/URCA
Campus Pimenta

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Reconhecimento: Este ano as escolas homenageiam a cultura potengiense

Receber a notícia que as escolas farão homenagens aos nossos mestres da cultura, foi uma verdadeira alegria, pois é o reconhecimento à pureza artística da nossa cidade, já fui procurado para ajudar no material da escola Antonio de Figueiredo Taveira, O Grupão, que esse ano homenageiará o mestre Françulí na sua comemoração junina, com certeza vai ser uma maravilha assistir o espetáculo, ainda ontem recebí a notícia que a escola José Edvaldo também fará homenagem á nossa cultura popular, esses homenageirão o Reisado de Caretas do sítio Sassaré, que tem seu mestre reconhecido pelo estado como Tesouro vivo do Ceará, de início são essas as notícia que tenho, assim que começarem os preparativos, e os ensaios, faremos um acompanhamento mais próximos e publicaremos mais notícias aqui.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Potengi em Outro Nível


Era uma bela manhã de Terça, o Potengi acordava em mais um dia tranquilo de cidade pequena, só que nesse dia, um sopro de cultura estava pro passar na peuqena cidade, que agora é pequena ainda em estrutura, mais grande em determinação e nos sonhos das pessoas que ajudam a construir essa nova realidade, aos poucos vamos nos tornando um lugar cada vez mais lugar, olhando para os novos acontecimentos relacionados a cultura, só enxergamos cresciemnto, de um lado os sonhos de Françuli viram Museu, de um outro o Reisado do Sassaré vai ganhando seu espaço nos vários cenários, e aos poucos aqueles mesmos jovens que um dia chamados de moleques de calças largas, hoje mostram a grandeza e o potencial que carregam, com muita responsabilidade e com a cara de juventude a turma que faz parte do processo de construção dessa nova cidade, tem ralado muito, e chega em um de seus grandes objetivos, que é a criação da Associação Cultural Xique-Xique, recém criada, nesse novo processo, tivemos a oportunidade de contar com muitos artistas, apresentações e lógico, reconhecimento dos nossos, nessa temporada de bons ventos passaram por aqui os Anjos da Alegria, que o Centro Cultural Banco do Nordeste nos deu a oportunidade de conhecer esses grandes artistas do cariri, também a fantástica contadora de histórias Bete, que passou uma semana capacitando uma turma de novos contadores e contadoras de história na nossa cidadezinha, a música claśsica já invadiu o Cemac, e olha que foram artista daqui mesmo que subiram ao palco, músicos como Roseberg e Saymon.
E abrilhantando essa semana, como começei falando na manhã de terça feira, mais precisamente dia 17 de Novembro, recebemos a programação da XI Mostra Sesc Cariri de Cultura, que nos deu a oportunidade de ter no altar da Igreja Matriz de São José, a Orquestra Itiberê Familia, que fez uma apresentação gigante, fabulosa, todos ficaram maravilhados com a qualidade da música, e nesse mesmo dia o Cemac ficou pequeno e tivemos que fechar as portas pois já não suportava mais o público para a apresentação do monologo Roliude de João Ricardo de Oliveira.
Essa nova temporada tem com certeza colocado o Potengi em um outro nível, lógico que não conseguimos dar total suporte, pois é o começo dessa nova história, são novas portas se abrindo para o mundo, é uma nova cara, uma nova realidade, e nesse clima de bons ventos vamos podendo comemorar, os esapaços que tanto batalhamos para conquistar, agora são dirigidos por nós, e lógico que isso é possível graças a sensibilidade e responsabilidade do jovem Prefeito Samuel, que vem abrindo as portas para cultura dentro das suas condições, é um novo momento, um momento de construirmos e estruturarmos nossa cidade para preservar e expandir essa nova safra.

domingo, 30 de agosto de 2009

Reisado de Máscaras é Preservado em Potengi


Um reisado que usa máscaras de couro e madeira está sendo preservado no município caririense de Potengi

Potengi. Nem bem o dia inicia e a luz começa a clarear, os integrantes do Reisado do Sassaré, sítio a 3km de Potengi, estão a juntar as roupas e fantasias dos personagens de um dos reisados mais raros do Brasil. É o único da região do Cariri com a característica do uso de máscaras ou caretas. Confeccionada em madeira e couro, as máscaras são preservadas desde os antepassados e resistem ao tempo. É uma prova de amor à cultura e à preservação de uma arte que não deve morrer, mesmo diante da ausência de reconhecimento no Estado.

Mestre Antônio Luiz de Sousa, desde pequeno, deixava muitas vezes de dançar para escutar os chamamentos do mestre Raimundo Maximiniano. As músicas soavam ao seu ouvido como um aviso do destino. O menino só não aprendeu a fazer as máscaras. Hoje, aos 51 anos, tem a preocupação constante de como fará para dar continuidade a um trabalho onde os próprios filhos adolescentes não se sentem à vontade para dançar na frente dos outros. Sentem vergonha de uma arte que atravessou décadas e, segundo o mestre, desde o seu bisavô tem notícia do envolvimento da família com o que ele chama de brincadeira. A avó já trazia a notícia nos anos 30. Dona Neusa Luzia de Sousa contava as histórias de reisado que sempre encantaram o neto Antônio.


São seis agricultores do Sítio Sassaré, mais os músicos e os personagens. Ao todo, são 12 personagens, que eles conseguem formar. Mas o formato anterior seriam 12 caretas, além dos outros integrantes. Essa tem sido a luta do diretor de Cultura de Potengi, Jefferson Gonçalves de Lima, conhecido por Bob, como forma de resgatar e fortalecer o grupo, que poderá estar fadado a desaparecer caso não haja apoio para continuidade e valorização.

Segundo Jefferson, que junto com o trabalho de resgate vem realizando pesquisas, há outros personagens que precisam ser preservados. A tradição nasceu no município, na comunidade do Sítio Rosário. Lá se realizavam grandes espetáculos aos olhos dos visitantes até de outras cidades da região. Junto com o grupo, a lapinha da comunidade também chamava a atenção do público.

Encontro de mestres
A integração do grupo do Sassaré com os antigos brincantes da comunidade do Rosário tem sido um dos trabalhos de Jefferson. Ele destaca a necessidade de promover os encontros do mestre Antônio com os demais mestres da região. O diretor cita que personagens como Jaraguá, Guriabá e a Margarida estão ausentes da dança dos Caretas do Sassaré, além dos caboclinhos. "É preciso fazer esse resgate e incluir mais brincantes no grupo, para completar a dança, que representa muito para a cultura local e a região", diz ele. Brincantes como Totonho e Massau, antigos integrantes de outros reisados, têm intenção de retornar para o grupo dos caretas de Sassaré.

Na pequena casa do mestre Antônio Luiz, que há 22 anos conduz o grupo, a sala está cheia de caixas. O violeiro, que mora perto e tem um papel importante nas apresentações, afina o instrumento. Seu Francisco José de Amorim, um dos mais antigos na brincadeira, junto com o mestre, também tem a preocupação de juntar as roupas e incrementar os chapéus. Até para comprar os papéis coloridos para enfeitar as indumentárias foi preciso buscar ajuda da comunidade. Seu Chico lamenta a falta de valorização do grupo na própria cidade em que moram, bem como o reconhecimento da população.

Jefferson chegou à diretoria de Cultura da cidade e um dos pedidos foi para que iniciasse um trabalho de resgate dos Caretas, mas esse trabalho vem de mais longe. Ele afirma que, ao integrar a banda dos Ferréros, de Potengi, decidiu incorporar um pouco da cultura local e o Reisado dos Caretas é presença constante tanto na música, com um resgate da cantorias do grupo, como também a própria dança. E leva o mestre para os palcos por onde se apresenta.

A falta de reconhecimento da população local entristece o grupo, que não deixa de empunhar a bandeira da necessidade de dar continuidade aos trabalhos. Os ensaios acontecem na associação da própria comunidade. Foi melhor para eles, que antes tomavam conta dos terreiros com as danças. As roupas estragavam mais rápido, porque bolavam no chão e a poeira tomava de conta. Há quatro anos estão com as mesmas roupas. A dos ensaios são as mais estragadas. As camisas azuis estão desbotadas, mas o diretor de Cultura garante que já estão sendo providenciadas novas roupas e sem a denominação do bumba-meu-boi, nas costas, como está no uniforme que atualmente o grupo usa. Jefferson diz ser consciente da necessidade de um trabalho de fortalecimento e divulgação do grupo. Ele diz que por conta dessas deficiências, o dia tradicional de apresentação do Reisado dos Caretas do Sassaré, em 6 de janeiro, Dia de Reis, deixou de acontecer no ano de 2004 e por pouco não houve no ano seguinte.

O grupo está concorrendo ao Prêmio Cultura Popular, do Ministério da Cultura. Mestre Antônio ainda não foi contemplado no Ceará como mestre da Cultura e lamenta ter perdido por alguns pontos. Seria de grande importância o complemento para auxiliar o trabalho. Em casa, dona Raimunda Rosa, esposa de mestre Antônio, acompanha todo o trabalho de reunir o material para a viagem.

A apresentação mais distante que aconteceu do grupo foi em Fortaleza. Os passos da dança foram um pouco prejudicados, por terem colocado um tapete no chão, mas conseguiram assim mesmo levar a apresentação até o fim. Dona Rosa se diverte e ao mesmo tempo atende a todos com o cafezinho. Na casa de três cômodos, as fantasias ficam na armadas de varas por cima das paredes. O boi, a velha Quitéria e o velho Bacurau, urubu, ema, entre outros personagens são chamados pelos acordes da viola a invadir o terreiro. Entra o mestre a chamar: "Meu boi bonito, meu boi estrela, touro do gado...".


RECONHECIMENTO AUSENTE
Artistas lamentam falta de público

Potengi Os caretas começam a se reunir para uma de suas apresentações no início da noite, em Juazeiro do Norte. Parece até um dia de festa. E é festa mesmo. O transporte vem pegar o pessoal e várias caixas são colocadas no terreiro. A preocupação de mestre Antônio Luiz é se vai dar para levar tudo e todo mundo. Mas desde cedo que tudo está sendo preparado. Seu Francisco José Amorim está dando o retoque final nos chapéus. As tiras de papel coloridas são coladas com cuidado nos chapéus em forma de cone. As máscaras são preparadas. Levam até umas miniaturas para vender. Mas, para tristeza de seu Chico, o público que eles esperavam não compareceu.

Às 18h30, marcada a apresentação no Centro Cultural Banco do Nordeste, e umas poucas pessoas perdidas entre as cadeiras da platéia. "Quase não veio ninguém", diz seu Chico, desapontado. A ausência de público pela falta de divulgação condizente com o valor dos grupos é uma punhalada no coração do artista. E para quem acha que essa violência fica apenas no cenário mais sofisticado, o mestre Antônio Luiz reclama da falta de consideração e reconhecimento do público de sua própria terra, Potengi. "Chegamos a ser chutados nas ruas da cidade durante a nossa apresentação".

"Chegamos a nos apresentar uma vez e deram, já à tarde, um copo d´água. O pessoal tava já desmaiando de fome", conta. Essa tem sido uma prática comum para as apresentações com um cachê irrisório, de fazer vergonha, e depois é servido um lanche. Pouco, para quem se contenta em levar a alegria e a arte regional.

O diretor de Cultura, Jefferson Gonçalves, afirma que vem sendo feito um trabalho educativo com crianças e jovens nas escolas locais. O mestre Antônio tem levado às unidades de ensino a sua experiência de brincante e mostrado o valor de preservar a cultura arraigada de seus antepassados. Essa é uma alternativa para se começar a perceber o que poderia ser um símbolo da cultura do município, mais valorizado.

E essa valorização poderá começar a chegar dentro das casas dos componentes do reisado do Sassaré. Os pequenos, filhos dos agricultores, poderão não mais sentir vergonha de "mungangar". Nos ensaios do grupo, na Associação, os adolescentes param de ensaiar quando a comunidade vai assistir.

Mais informações

Prefeitura Municipal de Potengi
Diretoria de Cultura
Cariri, (88) 3538.1225.

ELIZÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste
Link Matéria: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=666542